Não sabia
que existia gente tão cruel para fazer algo com uma menina de 4 anos, que nunca
fez mal a ninguém". As palavras são de Daniele dos Santos, mãe da pequena
Débora Lohany, de 4 anos, que foi raptada na noite
do dia 27 de março, na Comunidade
do Lagamar. "Ela não tinha amor do pai. Só tinha a mim.
Queria me defender de tudo e de todo mundo", desabafa.
A mãe da criança reforça, como já teria
declarado ao Diário do Nordeste, que acredita
ser da filha o corpo encontrado na
manhã desta sexta-feira (7). Daniele diz ter reconhecido o
corpo "pela chinela. E quando uma mulher chegou aqui mostrando a foto só
das mãos, eu reconheci a mãozinha dela", disse em entrevista neste sábado,
à TV
Verdes Mares.
O perito geral da Perícia Forence do Estado do Ceará (Pefoce), Ricardo Macêdo, disse que será
revelado em até 10 dias o
laudo que irá
definir se o corpo é ou não de Débora, incluindo um teste
de DNA. "Porém, em algumas situações a gente necessita de
prorrogação desse prazo a depender dos exames que estão sendo feitos",
ressaltou.
Imagens de suspeito
De acordo com a mãe, a Polícia possui filmagens do suspeito, mas
nenhuma informação a mais foi divulgada. "A gente está esperando eles
falarem alguma coisa das filmagens. Eles já pegaram as filmagens, mas não
falaram nada ainda não", afirmou.
Secretário se manifesta sobre o caso
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André
Costa, afirmou que a Polícia tem feito todo o esforço
possível para
prender os responsáveis pelo rapto da criança de quatro anos. "Sobre a
investigação, a gente não tem nada a revelar nesse momento. Lamentamos muito e
ficamos nos questionando como um ser humano é capaz de um ato desses",
disse Costa.
Desaparecimento no dia 27/3 e o que
disseram as testemunhas
Vista pela última vez por volta das 19h da segunda-feira (27),
as testemunhas
contam que a menina foi levada quando brincava próximo a sua residência
junto a outra criança, na esquina da Rua do Alecrim, na Aerolândia.
Ana Cristina da Silva Assunção, cunhada da mãe de Débora, disse
que mora na mesma rua da menina e conta que estava em casa quando tudo
aconteceu. "Ela estava brincando na rua, correu para a esquina às 19h30.
Foi questão de minutos. A mãe dela foi procurar e uma mulher na avenida disse
que viu um rapaz vestido todo de preto pegando ela, até pensou que era
conhecido, porque viu que ela olhou assustada, mas não chorou. Contaram para a
gente que ele atravessou com ela no sentido ao matagal e saiu andando por
lá", afirmou Ana Cristina.
Dois suspeitos se apresentaram e foram
liberados
Apesar de terem sido ouvidos pelas autoridades, pelo menos dois homens com
braço amputado (característica
inicial apontada por testemunhas que disseram ter presenciado a menina ser
levada), ninguém foi detido. Na terça-feira seguinte ao crime, o primeiro homem
foi encaminhado até a Dececa, onde foi ouvido pela delegada titular, Ivana
Timbó. Logo após o depoimento, ele foi dado como testemunha e foi liberado. Um
segundo homem com a mesma característica também foi ouvido na Dececa, na última
quarta-feira (29), e descartado pela Polícia como suspeito do caso.
Fonte -Diario do Nordeste