A Câmara outorgou três Títulos de
Cidadania Cratense esta semana. Um deles, para a bancária Francisca
Gecinêlda de Souza Ribeiro, nascida em Jucás, mas moradora do Crato há 32
anos e desde então atua como gerente de negócios do Banco do Nordeste.
Com apenas quatro anos perdeu o pai,
que deixou a mãe e sete irmãos ao lado de Gecinêlda em ambiente rural. Dedicada
aos estudos, ela foi aprovada em concursos para o Detran, Coelce e para as
instituições financeiras Banco do Estado do Ceará (BEC) e Banco do Nordeste.
Exerceu, também, a função de locutora ancorando o programa Encontro das Cinco,
na Rádio Iracema, de Iguatu.
Católica praticante, ela participa do
ECC (Encontro de Casais com Cristo) no Santuário Eucarístico Diocesano, em
Crato, onde também participa das atividades litúrgicas através do canto. Da
dificuldade após a morte do pai que deixou a mãe e mais sete irmãos, Gecinêlda
haveria de enfrentar outro obstáculo em sua vida.
Ela conta que o sentimento que mantém
ao receber a honraria da Câmara Municipal do Crato é de gratidão. “O Título de
Cidadão, honraria do Crato, equipara a pessoa homenageada a uma adoção oficial.
Sou uma pessoa que passa a ser uma irmã, uma pessoa da terra, apesar de não ter
nascido no local”, afirma.
Em 1997 foi acometida por um câncer
de mama e afastou-se das atividades, notadamente da profissional para tratar-se
contra a doença. O fato foi destacado pelo vereador Amadeu de Freitas (PT)
durante sessão solene para outorga da comenda. Conforme o parlamentar, a
vitória contra o câncer demonstra o valor e a garra que Gecinêlda sempre
exalou.
Mesmo diante deste problema de saúde,
ela ainda encontrou forças para algumas conquistas, como aprender a tocar
teclado e ser aprovada em vestibular para Pedagogia mesmo após 25 anos sem
estudar. Casada com Neudivar, Gecinêlda constituiu família e é mãe de Naiala,
Aline e Leonardo, formados em Medicina, Direito e Odontologia respectivamente.
Aos 55 anos, a nova cidadã cratense
continua sempre ativa na busca por novos objetivos. Ela e o marido coordenam o
ECC na Diocese de Crato e faz o que mais gosta: captar recursos como bancária,
receber e manter contato com diferentes pessoas no dia a dia de sua profissão.