Cinco pessoas foram executadas
e duas ficaram feridas, ontem, em uma chacina ocorrida, na Rua Baturité, bairro
Diadema I, em Horizonte. Mãe e filho, de apenas três anos, estão entre as
vítimas. Os assassinatos aconteceram quanto um grupo de dez pessoas comemorava
um aniversário, em um bar. Até o momento, a Polícia desconhece o que teria
motivado o tiroteio.
Herton
Ricardo da Silva Menezes, Bruna Viana, Rafaela Alves Silveira, Marcilândio
Cavalcante de Sousa e a criança, de nome não divulgado, morreram após serem
alvejados a bala. Testemunhas contam que, por volta das 19h, quatro suspeitos
chegaram em um Toyota Corolla, de cor branca, desembarcaram e dispararam contra
as vítimas.
Outras
duas pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas à Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de Horizonte. Em seguida, foram transferidas para o Instituto
Doutor José Frota (IJF).
Uma
delas é uma mulher que deve ser submetida a uma cirurgia, após trauma na coluna
cervical. O outro socorrido seria o padrasto da criança morta e foi atingido
por um tiro de raspão. Rafaela, Marcilândio Cavalcante e o menino chegaram a
ser socorridos, mas não resistiram.
Execução
Conforme
as investigações iniciais da Polícia Civil, apenas Cavalcante tinha
antecedentes criminais. A mãe dele revelou à Polícia que seu filho respondia
por tráfico. O delegado plantonista da Delegacia Metropolitana de Horizonte,
Isailton Castro de Lima, conta que as primeiras informações acerca da chacina
chegaram por telefonemas da população que dizia ter ouvido muitos disparos e
gritos.
Conforme
o perito Antoniel Silva, as lesões múltiplas foram provocadas por duas pistolas
de calibres distintos. Pelo que apurou a Perícia, todas as vítimas, inclusive a
criança, estavam dentro do estabelecimento quando foram atingidas. Bruna e
Herton Menezes conseguiram caminhar até a parte de fora do bar, mas morreram na
calçada.
"Não
se sabe ainda quantos disparos atingiram cada um. Infelizmente a criança também
ficou muito machucada e morreu logo após ser socorrida. Nem chegou no
hospital", acrescentou o perito Leão Júnior, que também esteve colhendo as
informações iniciais no local do crime.
Sobre
as investigações, o delegado lembra que não há certeza sobre quem seria o alvo
da ação, e que nenhuma hipótese deve ser descartada. Conforme Isailton Lima, o
bairro Diadema não é conhecido como área do tráfico. "A região é
residencial. Mesmo assim, não descartamos ser uma guerra de território e com
algum envolvimento de facção criminosa. Todas as vítimas moravam próximo daqui,
mas não exatamente nesta rua".
Conjunto Palmeiras
Ainda
na noite de ontem, dois homens foram executados em um posto de combustível, na
Avenida Valparaíso, no Conjunto Palmeiras. A noite violenta na Capital reflete
os altos índices de assassinatos que estão sendo registrados em 2017.
Fonte-Diario do Nordeste