Uma rebelião entre detentos foi
iniciada no começo da madrugada desta segunda-feira (10) na Casa de Privação
Provisória da Liberdade Professor Jucá Neto, a CPPPL 3, localizada no Complexo
Penitenciário de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Neste momento, a tropa do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) aguarda
autorização para entrar no presídio. Informações extra-oficiais dão conta da
possibilidade de mortos no local. O clima é tenso na unidade.
Segundo
a Polícia Militar, o motim teve início por volta de 3 horas e muito fogo foi
visto pelos agentes penitenciários. O Comando do Policiamento Especializado
deslocou efetivos do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Companhia de
Controle de Distúrbios Civis (CDC), e do Comando Tático Motorizado
(Cotam).
Já
a Secretaria da Justiça e da Cidadania (Sejus) mobilizou o efetivo do Grupo de
Apoio Penitenciário (GAP) para dar início a uma varredura no presídio. Segundo
o órgão, há relatos de que os amotinados colocaram fogo nas celas de nos
corredores das vivências e abandonaram os pavilhões onde estão as celas e
ganharam o pátio interno. O presídio entrou em descontrole.
Isolados?
A
CPPL 3 abriga atualmente cerca de 1.200 presos que, e em sua maioria, são
integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Desde o
início do ano, várias fugas foram registradas ali através de túneis escavados
pelos presos a partir das celas em direção ao alambrado que circunda a unidade
penal.
Na
semana passada, o corpo de um detento foi encontrado dentro de um túnel. Ele
foi identificado como William Rocha de Castro. A Perícia Forense (Pefoce)
comprovou que ele foi morto por golpes de cossoco e espancamento, sendo
arrastado para dentro do túnel.
Motivo
A
rebelião na CPPL 3 acontece após o segundo fim de semana sem visitas. Por conta
dessa decisão, os presos se revoltaram e iniciaram um quebra-quebra. A punição
teria sido determinada por conta de fatos violnetos ocorridos ali nas últimas
semanas, com constantes fugas, abertura de túneis e o assassinato de um detento.
A Sejus ainda não se pronunciou sobre o assunto.
FONTE -BLOG FERNANDO RIBEIRO