Uma
tentativa de resgate de presos ligados à facção Primeiro Comando da
Capital (PCC), terminou em confronto com a Polícia Militar, tiroteio, feridos
e, provavelmente, mortos, na madrugada desta terça-feira (8) numa das maiores
unidades do Sistema Penitenciário do Estado, a Penitenciária de Pacatuba,
localizada na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Informações extra-oficiais dão
conta de vários mortos dentro do presídio. Já entre os feridos está o
assaltante de bancos cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos, o “Alemão”,
natural de Boa Viagem, e que comandou o maior furto a banco na história o País,
em agosto de 2005, contra o Banco Central de Fortaleza (BC), de onde foram
levados R$ 164,7 milhões.
A tentativa de resgate ocorreu
por volta de 4 horas, quando bandidos, usando armas de grosso calibre,
como fuzis e submetralhadoras, chegaram próximos à muralha do presídio depois
de se embrenharem em um extenso matagal que circunda a unidade prisional.
Camuflados dentro da mata, eles passaram a atirar contra as guaritas no alto da
muralha da penitenciária, sendo revidados pela Polícia Militar e por agentes
penitenciários.
Baleados
Do lado de dentro da cadeia, os
presos conseguiram sair das celas e colocaram várias cordas no muro na
tentativa de escalar e fugir. O resgate, porém, não teve êxito graças à ação
rápida e intensa da PM e da guarda interna. Cerca de uma centena de tiros foi
disparada.
O assaltante “Alemão” e o
traficante de drogas Antônio Carlito Avelino, conhecido por “Boi”, foram
transferidos em ambulâncias, sob escolta policial, para o Instituto Doutor José
Frota (IJF-Centro). “Alemão”, segundo as autoridades, é integrante do PCC e
líderes da organização criminosa naquela penitenciária.
Pelo menos um dos responsáveis
pela tentativa de resgate dos presos do PCC foi preso durante a operação
policial. Sua identidade está sendo mantida em sigilo. Através dele, a Polícia
tentará identificar os demais responsáveis pelo crime.
Prisão
Policiais do Comando Tático
Motorizado (Cotam), do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e da Companhia
de Controle de Distúrbios Civis (CDC), companhias pertencentes ao Batalhão de
Polícia de Choque (BPChoque) estão, neste momento, mantendo o cerco na
penitenciária, enquanto aguardam autorização da Secretaria da Justiça e da
Cidadania (Sejus) para entrar na cadeia e restabelecer a ordem.
Segundo fontes da PM, não estão
ainda confirmadas mortes dentro do presídio. “Essa informação é dos próprios
presos, mas só teremos a certeza disso quando a tropa entrar”, ressaltou.
Mulheres de presos e outros
familiares já começam a chegar ao local, tumultuando e agravando o clima no
local.
FONTE-CEARA NEWS