A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação Luz
na Infância 2, de combate à pedofilia. No Ceará, os agentes de
segurança cumprem 16 mandados de busca e apreensão desde as
primeiras horas da manhã, sendo 15 deles em Fortaleza e um no
município de Canindé, na região Norte. Conforme a polícia, alguns
suspeitos também estão sendo detidos em flagrante por terem sido encontrados
com pornografia infantil. Seis pessoas foram presas no Estado,
sendo 5 em flagrante delito, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa
Social do Estado (SSPDS-CE).
Ao todo, os agentes cumprem mandados
em 24 estados do País, além do Distrito Federal, onde a Polícia Civil procura
arquivos com conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra
crianças e adolescentes. A força-tarefa é coordenada pelo Ministério
Extraordinário da Segurança Pública (MESP).
Os suspeitos foram monitorados nos últimos quatro meses pela diretoria
de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública, com base em dados
coletados em ambientes virtuais. As informações obtidas foram, então, passadas
para as polícias civis de todos os estados, que instauraram inquéritos e
pediram à Justiça autorização para executar os mandados de busca e apreensão
que vieram à tona nesta quinta-feira.
Cerca de 2.600 agentes foram às ruas na Operação. Quem for pego com
material pornográfico nos endereços monitorados é preso em flagrante e levado
às delegacias de proteção à criança nos estados envolvidos.
Primeira fase
Na primeira fase da megaoperação, realizada em outubro do ano passado,
os agentes prenderam 108
suspeitos em 24 estados, além do Distrito Federal -Amapá e
Piauí não participaram na ação porque não tiveram tempo hábil de concluir as
investigações. Na época, dois homens, de 48 e 61 anos, foram
presos nos bairros Mondubim e Jóquei Clube, em Fortaleza.
No total, foram identificados mais de 151 mil arquivos com conteúdo de
pedofilia -cenas de sexo explícito com a participação de crianças- que eram
compartilhados entre os suspeitos. A lei diz que apenas armazenar esse tipo de material
já configura crime. Os suspeitos tanto armazenavam quanto compartilhavam esse
material. Em alguns casos, também o produziam.
Fonte-Diário do Nordeste