No intervalo de apenas 24
horas, duas crianças, com idades entre 4 e 10 anos, foram assassinadas no
Ceará. Os crimes ocorreram entre a noite de quarta-feira e o feriado de Corpus
Christi. Ambas foram atingidas por balas perdidas disparadas por criminosos em
meio à guerra entre facções criminosas. Um dos casos ocorreu na Capital e outro
no interior.
Era
por volta de 21 horas desta quinta-feira (feriado), quando ocorreu um tiroteio
entre bandidos nas ruas do bairro Autran Nunes, na zona Oeste de Fortaleza. Em
meio aos disparos, uma bala “perdida” atingiu uma menina de apenas 10 anos. A
garota, identificada como Lívia Tainara de Sousa, ainda foi levada pelos
vizinhos e familiares para a Unidade de pronto Atendimento (UPA) do bairro e de
lá transferida para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro), em uma
ambulância do Samu, mas acabou morrendo já na madrugada desta sexta-feira (1º).
Segundo
os familiares, Lívia estava na sala de casa assistindo TV, quando começou o
tiroteio na rua. Bandidos perseguiam um homem, que acabou sendo baleado em um
dos braços, mas resistiu. Já a criança foi baleada no pescoço.
Os
assassinos fugiram do local e até a manhã de hoje não haviam sido presos.
Outra menina
Na
cidade de Sobral, a quinta-feira de Corpus Christi foi marcada pelo
sepultamento de outra criança assassinada. O caso ocorreu na noite de
quarta-feira (30), quando bandidos passaram atirando nas ruas do Conjunto Santo
Antônio, na periferia da cidade de Sobral, na zona Norte do estado (a 224Km de
Fortaleza).
A
pequena Ana Vitória, de 4 anos, foi baleada no peito e morreu quando era levada
para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Na manhã de ontem, policiais do
BPRaio apreenderam dois adolescentes que estavam praticando assaltos e usavam
uma motocicleta com as mesmas características da usada na fuga dos bandidos que
mataram a criança. Com eles foi encontrado um revólver e objetos roubados.
Na
Delegacia Regional de Sobral, um dos adolescentes confessou participação no
tiroteio da noite anterior que culminou na morte da menina. O outro nega
envolvimento.