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segunda-feira, 12 de abril de 2021

China admite que suas vacinas contra COVID-19 não são muito eficazes



Em uma rara admissão da fraqueza das vacinas chinesas contra o coronavírus, o principal funcionário do controle de doenças do país disse que a eficácia dos imunizante produzidos localmente é baixa e que o governo está considerando misturá-las para dar um impulso.

As vacinas chinesas “não têm taxas de proteção muito altas”, disse o diretor dos Centros para Controle de Doenças da China, Gao Fu, em uma conferência no sábado na cidade de Chengdu, no sudoeste do país.

Pequim distribuiu centenas de milhões de doses em outros países, ao mesmo tempo que tenta promover a dúvida sobre a eficácia das vacinas ocidentais.

“Agora está sob consideração formal se devemos usar vacinas diferentes de linhas técnicas diferentes para o processo de imunização”, disse Gao.

A taxa de eficácia de uma vacina contra o coronavírus da Sinovac, um desenvolvedor chinês, na prevenção de infecções sintomáticas foi classificada em 50,4% por pesquisadores no Brasil.

Em comparação, a vacina fabricada pela Pfizer demonstrou ser 97% eficaz.

Pequim ainda não aprovou nenhuma vacina estrangeira para uso na China, onde o coronavírus surgiu no final de 2019.

Gao não deu detalhes sobre possíveis mudanças na estratégia, mas mencionou o mRNA, uma técnica anteriormente experimental usada por desenvolvedores de vacinas ocidentais, enquanto os fabricantes de medicamentos da China usavam tecnologia tradicional.

“Todos devem considerar os benefícios que as vacinas de mRNA podem trazer para a humanidade”, disse Gao.

“Devemos seguir com atenção e não ignorar as regras só porque já temos vários tipos de vacinas.”

Gao já havia levantado questões sobre a segurança das vacinas de mRNA.

Ele foi citado pela agência oficial de notícias Xinhua, dizendo que não poderia descartar os efeitos colaterais negativos porque eles estavam sendo usados ​​pela primeira vez em pessoas saudáveis.

A mídia estatal chinesa e blogs populares de saúde e ciência também questionaram a segurança e a eficácia da vacina Pfizer, que usa mRNA.

Até 2 de abril, cerca de 34 milhões de pessoas receberam as duas doses exigidas pelas vacinas chinesas e cerca de 65 milhões receberam uma, de acordo com Gao.

Especialistas dizem que misturar vacinas ou imunização sequencial pode aumentar as taxas de eficácia.

Testes em todo o mundo estão analisando a mistura de vacinas ou a aplicação de uma dose de reforço após um período de tempo mais longo.

Pesquisadores na Grã-Bretanha estão estudando uma possível combinação das vacinas Pfizer e AstraZeneca.

(Diário do Brasil)