A presidente Dilma Rousseff realizou na manhã desta
sexta-feira (2) o anúncio da reforma administrativa do
governo, com a redução de oito ministérios na Esplanada. O esperado é que a
medida reduza os gastos da máquina pública. Agora, o PMDB, principal partido da
base aliada, fica no comando de sete pastas.
No total, oito ministérios passam a não existir,
reduzindo-os de 39 para 31. O ministério da Pesca será integrado ao da
Agricultura; A Secretaria de Assuntos Estratégicos será extinta, assim como a
Secretaria-Geral, que passará a ser a Secretaria do Governo. Esta será
integrada pela Secretaria de Micro e Pequena Empresa e Secretaria de Relações
Institucionais. Além disso, o ministério do Trabalho integrará o da Previdência
Social e será criado o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos
Direitos Humanos.
A mudança também conta com a fusão de alguns
ministérios. Para além dos cortes, 30 secretarias deixarão de existir em
diversas pastas, buscando uma redução de 20% nos gastos públicos, em conjunto
com a redução de 3 mil cargos comissionados e com corte de 10% na remuneração
dos ministros. "Nós temos condições de superar as dificuldades
atuais", disse a presidente.
Nomes como o do deputado federal
André Figueiredo (PDT), que está no Ministério das Comunicações, já
haviam sido confirmados para assumir uma pasta.
Segundo Dilma, algumas das fusões realizadas têm como intuito dar mais
foco às pastas, além de aprimorar as políticas públicas. Para ela, outro
objetivo da reforma administrativa seria atualizar a base política do
governo."Se erramos, precisamos consertar os erros", afirmou.
A presidente também anunciou os novos ministros. Veja a lista abaixo:
Secretaria de Governo - Ricardo Berzoini (PT)
Trabalho e Previdência - Miguel Rossetto (PT)
Secretaria de Portos - Helder Barbalho (PMDB)
Casa Civil - Jaques Wagner (PT)
Ciência e Tecnologia - Celso Pansera (PMDB)
Comunicações - André Figueiredo (PDT)
Defesa - Aldo Rebelo (PCdoB)
Educação - Aloizio Mercadante (PT)
Saúde - Marcelo Castro (PMDB)
Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos - Nilma Lino
Gomes (não tem partido)
Abaixo,
veja a lista dos outros ministérios:
Agricultura
e Pesca -
Kátia Abreu
Aviação Civil - Eliseu Padilha
Advocacia Geral da União - Luís Inácio Adams
Banco Central - Alexandre Tombini
Cidades - Gilberto Kassab
Comunicação Social - Edinho Silva
Cultura - Juca Ferreira
Controladoria Geral da União - Valdir Simão
Desenvolvimento Agrário - Patrus Ananias
Desenvolvimento Social - Tereza Campello
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Armando
Monteiro
Esportes - George Hilton
Fazenda - Joaquim Levy
Integração Nacional - Gilberto Occhi
Justiça - José Eduardo Cardozo
Meio Ambiente - Izabella Teixeira
Minas e Energia - Eduardo Braga
Planejamento - Nelson Barbosa
Portos - Helder Barbalho
Relações Exteriores - Mauro Vieira
Secretaria do Governo - Ricardo Berzoini
Trabalho e Previdência - Miguel Rossetto
Turismo - Henrique Eduardo Alves
Transportes - Antônio Carlos Rodrigues
A previsão inicial era de que dez ministérios fossem extintos, mas o
número não foi alcançado por conta da pressão de aliados e
para evitar a perda de apoio dos movimentos sociais. Mesmo antes do anúncio,
nomes que faziam parte do governo já haviam sido informados que deixariam seus
cargos.
Este foi o caso de Arthur Chioro, que comandava o Ministério da Saúde,
Renato Janine Ribeiro, do Ministério da Educação, e Pepe Vargas, que estava na
pasta dos Direitos Humanos.
FONTE DIÁRIO DO NORDESTE