O clima
de violência envolvendo a criminalidade e as forças de segurança do Ceará
permanece. Na madrugada deste sábado (25), um cabo do Batalhão de Policiamento
em Áreas Turísticas (BPTUR) foi sequestrado por quatro homens
e torturado durante cerca de quatro horas. O PM conseguiu
fugir, mas foi atingido por dois tiros, um no peito e outro de
raspão no braço, na rua São João, no bairro Bonsucesso. As informações foram
confirmadas por fonte do BPTUR.
Após a
ocorrência, o cabo foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento do bairro
Conjunto Ceará, na Área Integrada de Segurança (AIS) 2, para primeiros
atendimentos, e em seguida transferido para o Instituto Doutor José Frota
(IJF), no Centro. De acordo com agente ligado ao BPTUR, a lesão foi grave, mas
o estado do policial é estável.
Ainda
conforme a fonte, por ter saído em fuga, o policial raptado não
conseguiu recuperar a arma nem os documentos pessoais, que
possivelmente ficaram em poder dos suspeitos.
Questionada
pela reportagem sobre detalhes do sequestro e da tortura, a Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não mencionou os episódios,
e somente informou, por meio de nota, que equipes das Polícias Civil e Militar
estão em diligências para capturar os responsáveis por atirar
no PM. A Pasta relata que o PM trafegava no bairro Henrique Jorge - Área
Integrada de Segurança 06 (AIS 06), em uma motocicleta, quando foi abordado e
alvejado pelos suspeitos. Uma equipe do Departamento de Homicídio e Proteção à
Pessoa (DHPP) está à frente das investigações. Até o momento, ninguém
foi preso.
Atentados
O
sequestro do agente de segurança acontece apenas dois dias após o assassinato de
três policiais militares no bairro Vila Manoel Sátiro, em
Fortaleza, crimes pelos quais seis homens
foram presos suspeitos de participação. Um sétimo suspeito foi
morto pela Polícia Militar durante a ação.
O
governador do Estado, Camilo Santana, classificou o episódio como "covarde
e cruel" e determinou uma força-tarefa pela SSPDS em busca de "todos
os criminosos envolvidos". Santana enfatizou ainda que o Estado será
"cada vez mais duro com o crime".