Um grupo de estelionatários ainda não identificados acabou se
enganando em uma tentativa de golpe e devolvendo o dinheiro para a vítima, o
atendente de telemarketing Luanderson Rodrigues, de Teresina. De acordo com o
delegado de Polícia Civil Anchieta Nery, o ‘golpes do empréstimo’ é comum e
como os grupos criminosos usam várias contas de “laranjas” para atuar, podem
ter se confundido na movimentação bancária.
Luanderson contou ao G1 que foi
contatado pelos bandidos em agosto deste ano, por e-mail e por uma rede social.
Uma pessoa enviou links informando que um empréstimo solicitado por ele, no
valor de R$ 1 mil, havia sido aprovado.
“Eu não tinha solicitado esse empréstimo, mas fiquei conversando
com eles por rede social, WhatsApp, por telefone, e eles realmente são bastante
convincentes. O que eles disseram é que eu tinha que depositar um valor pra
liberar o empréstimo”, relatou.
No site
oficial da empresa que supostamente estava em contato com a vítima, um alerta
diz: “Atenção! A [empresa] não solicita depósito antecipado para a liberação de
empréstimo ou outros produtos”.
Mesmo assim, acreditando na proposta, Luanderson depositou R$
500 para o grupo, que continuou em contato com ele. Dias depois, em sua conta
foi depositado o valor de R$ 800, mas os golpistas começaram a pedir que ele
devolvesse o valor e chegaram a ameaçá-lo de processo, por meio de áudios.
“Por
gentileza peço que o senhor me dê uma posição, se o senhor vai nos devolver
nossa quantia ou não, para que possamos ‘estar realizando’ o ressarcimento dos
seus valores, no valor exato que o senhor depositou para nossa financeira. Caso
o senhor não vá devolver, peço que informe, que abro um processo contra o
senhor agora mesmo, aí nossos agentes irão em sua residência e levarão sua
intimação, aí fica a critério do senhor”.
“Eu já tinha procurado a polícia, fiz um boletim de ocorrência.
Dias depois, o dinheiro foi devolvido e ainda com um valor a mais. Comuniquei
de novo para os policiais e eles me orientaram a não entrar mais em contato com
eles e a bloquear em todas as redes sociais”, informou.
Luanderson disse ao G1 que, no
caso, “deu sorte” e não chegou a devolver o dinheiro aos bandidos.
