Existe uma simpatia ou felicidade do jornalista que aqui escreve
em ver atletas cearenses brilhando no futebol e tendo oportunidade de mudar as
trajetórias de vida. Quando a oportunidade surge em times da terra, então, a
sensação é melhor ainda. Muitos já fizeram sucesso por aqui, sendo daqui, como Clodoaldo,
Iarley e Jardel.
Edson Cariús é um
batalhador da bola. Melhor. Um batalhador da vida. Filho de uma família do
campo, era vendedor de motos na cidade de Iguatu, a "capital" da
região Centro-Sul do Ceará, que polariza pequenos municípios, como Cariús.
Entrou no futebol profissional tardiamente, aos 24 anos, na própria equipe
iguatuense. De lá, cortou Sertão adentro, passando por Barbalha, Quixadá, Coruripe (AL),
Sousa (PB) até aportar na cidade de Alto
Santo.
Lá na região Jaguaribana, Cariús apareceu para o
futebol, de fato. Fez gols decisivos que levaram o time da terra do
"Coliseu do Sertão" ao inédito título da Série B do Cearense. De lá,
muitos gols e muitas surpresas. Foi protagonista do vice-campeonato inédito do Uniclinic (hoje
Atlético/CE) no Campeonato Cearense de 2017. Na mesma temporada, outro marco
jamais realizado: campeão da Taça Fares Lopes com o Floresta,
desbancando o Fortaleza na final.
Como se já não bastassem os feitos inéditos, foi
essencial no ressurgimento do Ferroviário. Conduziu o clube para o retorno à
Série C do Brasileiro e, de quebra, ao maior título da histórica coral: Campeão
Brasileiro da Série D!
Agora, mais precisamente hoje, uma nova história se configura. Oficializado no Fortaleza, ele tem a sua história se cruzando com outro clube que conquistou feitos surpreendentes nos últimos anos.
Que Cariús tenha as chances que a sua
batalha merece. O retorno será comprovado pela história.
