O corpo do frentista Hector Sobreira
de Matos, de 28 anos, foi liberado nesta segunda-feira pelo IML (Instituto
Médico Legal) de Petrolina (PE) para que os familiares providenciem o
sepultamento. Ele é acusado do assassinato a tiros do acadêmico da URCA,
Antonio Felipe de Oliveira Cabral, de 20 anos, no dia 16 de setembro de 2012 no
cruzamento das ruas Ivany Feitosa e 21 de Abril no bairro Tiradentes em
Juazeiro do Norte.
Hector foi assassinado a facadas na
tarde deste domingo juntamente com o seu amigo Clécio Ferreira da Silva, de 25
anos, no Centro de Araripina (PE). No dia 14 de novembro de 2017 ele foi
condenado a 12 anos de prisão quando a maioria do Conselho de Sentença do
Tribunal do Juri de Juazeiro reconheceu a materialidade da autoria do homicídio
por motivo fútil contra o estudante. A pena foi menor porque, na época do
crime, Hector tinha menos de 21 anos.
A sentença prolatada pelo Juiz de
Direito, Luis Sávio de Azevedo Bringel, citou ainda o comportamento de Hector
que, após comprar uma arma de fogo, passou a portá-la durante bebedeiras
desrespeitando, desafiando e criando conflitos com pessoas que sequer conhecia.
A defesa dele tinha pedido para desaforar o julgamento, mas não foi concedido
pelo Tribunal de Justiça. Hector tinha sido preso no dia 15 de julho de 2016
por força de um mandado de Prisão Preventiva.
Antes mesmo, em junho de 2016, o
julgamento deveria ter ocorrido à revelia, mas sua defesa apresentou esse
pedido de desaforamento. Um mês depois, ele foi preso na Rua Nossa Senhora do
Carmo (Franciscanos) e recolhido à cadeia pública de Juazeiro. A vítima, Felipe
Cabral, morava no bairro São José e era filho do hoje Subtenente PM Cabral que,
na época do crime, integrava os quadros da Companhia Ambiental estando na
reserva.
Quando a justiça decretou a
preventiva de Hector, uma semana após matar Felipe, ele já tinha fugido. Segundo
os autos do processo, Felipe teve um romance com Elane Cristine Oliveira Silva
Tavares a qual era divorciada há seis anos do marido. De acordo com o PM
Cabral, seu filho tinha deixado o relacionamento e a mesma não concordava. Na
hora do crime os dois discutiam na esquina quando Hector passou numa moto
atirando no universitário que morreu no Hospital Regional do Cariri.
Miseria