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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Atraso em exame da Covid-19 faz mãe de criança com microcefalia enterrar o filho sem velório

O pequeno Arthur Santiago Marques foi forte. Ao longo dos seus 3 anos, 4 meses e 20 dias, lutou contra um vírus que acometeu sua mãe durante a gravidez, bactérias que atingiram seu pulmão por complicações de saúde e, até depois do seu último momento, pensou-se que lutava contra o novo coronavírus.
Isso porque Ínama Araújo Santiago, de 32 anos, só veio ter a certeza de que o filho não havia falecido pela Covid-19 três dias após tê-lo enterrado nu, dentro de um caixão pequeno, sem a possibilidade de tocá-lo, cheirá-lo ou niná-lo nos braços - algo comum para uma mãe, especialmente daquelas que criam crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus, doença que provoca, dentre outras consequências, a microcefalia.
Arthur faleceu no dia 31 de março, seis dias após dar entrada em um hospital privado de Fortaleza. Com sintomas similares à infecção pelo coronavírus, a criança foi tratada na unidade de saúde como se pudesse estar acometida de três possíveis doenças: pneumonia, H1N1 ou Covid-19.