O velório do poeta Pedro Bandeira
acontece desde as 8 horas da manhã desta terça-feira numa das capelas do Centro
de Velório Anjo da Guarda em Juazeiro do Norte com sepultamento previsto para o
final da tarde de hoje. Ele sofria de mal de Parkinson e morreu na tarde desta
segunda-feira aos 82 anos. Agora há pouco, o repórter Normando Sóracles esteve
no velório e conversou com a médica e filha dele, Analica Bandeira, ao lado da
urna mortuária do seu pai.
Tendo em mãos o chapéu de couro que o
pai costumava usar, Analica definiu o poeta como um nordestino que cresceu
vendo de perto a luta e a dor do homem do sertão, cantando, principalmente, os
valores do sertão. Lembrou ainda ser um apaixonado por Juazeiro e ardoroso
devoto de Padre Cícero que deixa enorme legado de humildade e do trabalho para
a família e os amigos. “Seus versos continuarão ecoando com a sua voz linda”,
disse. Veja o depoimento da Doutora Analica.
ESTADO – A Secretaria de Cultura do Ceará divulgou,
ontem, nota de pesar pelo falecimento do poeta Pedro Bandeira, lembrando que
era Mestre da Cultura e “Príncipe dos Poetas Populares do Nordeste”. De acordo
com a nota, “o Ceará se despede desse grande artista. No coração, suas canções
e também um mundo de gratidão por seu imenso legado e obra, por sua grandeza,
por sua imensidão. Com pesar, a Secult Ceará agradece sua existência, festeja
sua arte, e deseja luz e paz na sua travessia.”.
Pedro Bandeira nasceu no dia 1º de
maio de 1938 no Sítio Riacho da Boa Vista, município paraibano de São José de
Piranhas, sendo filho de Tobias Pereira de Caldas e da poetisa Maria Bandeira
de França. Bem jovem veio morar no Cariri, onde fez fama com sua poesia e
cantoria que ecoou nas quermesses, festivais, rádios e televisões em todo o
Nordeste. Em 2018, recebeu o título de Tesouro Vivo da Cultura pela Secult-CE,
reconhecido pelo Estado. Sua cantoria seguirá viva e alegre por todo sempre!