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Família tenta arrecadar verba para que ele realize tratamento de imunoterapia, indicado pelos profissionais que o atendem em Santos, no litoral paulista. Fotos mostram idoso antes e depois de câncer, contra o qual tenta tratamento de imunoterapia Arquivo Pessoal Um idoso de 62 anos, morador de Santos, no litoral de São Paulo, descobriu que está com um câncer raro após surgir uma ferida em seu nariz. Vanderlei Aparecido Nogueira Soares agora luta pela vida, que foi totalmente transformada após o diagnóstico da doença. A esperança é um tratamento de imunoterapia, mas a família ainda busca recursos para custear o procedimento. "É um homem casado, bom, batalhador, tem três filhos e hoje luta diariamente para viver", diz a esposa, a autônoma Márcia Santos, de 51 anos. Conforme explica, tudo começou com o surgimento de uma pequena ferida no nariz de Soares, em agosto de 2018. Na época, ele procurou um otorrino, mas foi informado que tratava-se de uma bactéria, provavelmente encontrada na grama. Assim, conforme foi receitado, fez apenas uso de spray nasal. "Com o tempo, a situação foi se agravando, e como ele tem desvio de septo, o médico o encaminhou para cirurgia, mas o cirurgião informou que, após analisar a região, o procedimento iria agravar o caso, e que havia colhido material para levar para biópsia", relata a esposa. No dia 6 de janeiro de 2020, ele recebeu o resultado que apontava um câncer e foi encaminhado para um especialista em São Paulo, onde faz tratamento atualmente. "Foram refeitos todos os exames e ele recebeu o diagnóstico de carcinoma espinocelular de nasofaringe". Em seguida, Soares foi encaminhado para a oncologia, mas optou por não fazer a cirurgia, porque, segundo Márcia, não havia garantia da remoção total do câncer e o procedimento era bastante delicado. Câncer O médico oncologista André Perdicaris, de Santos, explica que a patologia chamada de carcinoma é um tumor originário do tecido epitelial de revestimento de vários setores do organismo, gerado, além da genética, por ação de mutações originadas por diversos elementos físicos, químicos e biológicos cancerígenos. "Trata-se de tumores malignos comuns pela sua incidência em várias regiões do corpo, porém, neste caso, pela região do nasofaringe do paciente, é mais raro. É tratável, dependendo do tempo de diagnóstico, quanto mais tarde, fica mais difícil e desafiadora a terapia. Ele é uma pessoa idosa e os tumores de uma maneira geral incidem com mais frequência nesta faixa de idade, mas, como disse, na região do rinofaringe é mais raro", relata. Soares foi submetido a quimioterapia endovenosa de quatro ciclos, iniciada em 17 de março e finalizada em 7 de maio. "No dia 10 de junho, ele retornou ao médico e soube que o tumor não se espalhou, mas aumentou", relata a mulher. O paciente chegou a passar por uma segunda especialista, para uma nova opinião sobre o estado de saúde dele, que indicou o tratamento de imunoterapia, para ajudar na imunidade e qualidade de vida. "Foi indicado, também, a radioterapia", acrescenta a autônoma. Imunoterapia A imunoterapia é um tratamento alternativo contra o câncer e consiste na aplicação de doses de medicamentos para estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos e combater células cancerígenas. O oncologista ouvido pelo G1 explica que todos os tumores podem, de certa forma, serem tratados também por imunoterapia. "Os resultados ainda são muito mais observados no sentido experimental, mas tudo deve ser tentado na busca do controle tumoral", destaca. De acordo com Márcia, o idoso toma diariamente uma série de remédios, e mesmo assim sofre devido à gravidade da doença. Para arrecadar a quantia necessária para o tratamento privado de imunoterapia, a família criou uma 'vaquinha online'. "Não conseguimos o tratamento no SUS para o tipo de câncer dele, e hoje os dias são com dor, sangramento do nariz e muita fraqueza. Então, essa arrecadação online é a nossa esperança", destaca.