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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Piauí tem a primeira pessoa presa por maus -tratos a cães

Na cidade de Valença, a 210 km de Teresina, foi registrada a primeira prisão no Piauí por maus-tratos a animais após sancionado o aumento da pena para até cinco anos para esse tipo de crime. Policiais militares da Força Tática foram acionados após vizinhos ouvirem os gritos de um cão que sofreu um profundo corte de facão próximo às costelas e pegou em média 60 pontos.

"Os vizinhos acionaram uma protetora de animais que avisou a PM. Ao chegar na casa, encontramos o animal com um ferimento muito grande. Ele estava alcoolizado e foi levado preso para a delegacia. Há menos de um mês, ele foi encontrado com uma moto roubada, espingardas e animais silvestres. Além disso, ele já respondeu por um homicídio em São Paulo", informou o comando da Força Tática de Valença.

O suspeito foi identificado como Luis Ferreira da Silva e permanece preso.O delegado regional de Valença, Maycon Braga, conta que o suspeito confessou o crime e disse que queria "dar um pano de facão no animal".

"Na delegacia, ele disse que estava cortando madeira e o cão entrou no meio, que não teve culpa. Só que ele já havia dito à PM que queria dar um pano de facão porque o cão estava malinando, mas como esava embriagado acabou cortando o cachorro. De qualquer forma, ele está autuado e à disposição da Justiça. Foi a primeira prisão no Piauí após sancionado o aumento de pena na lei", explica o delegado.

O cão, que se chama Julim, foi levado pela PM a um pet shop onde foi submetido a, pelo menos, 60 pontos. Franciel Júnior, estudante de veterinária que auxiliou no atendimento, conta que o animal havia perdido muito sangue e o ferimento foi bastante profundo. O crime ocorreu por volta das 12h, da terça-feira (06), e o cão só foi atendido durante a noite, cerca de 8 horas após os maus-tratos.

"Foram feitos todos os procedimento veterinários. O corte foi muito profundo e atingiu as quatro camadas do corpo dele. Perdeu muito sangue e até chegar ao pet shop demorou. Hoje ele está melhor, está se alimentando e vai ficar com os pontos, pelo menos, por 15 dias", explica o estudante de veterinária.

Julim está sob os cuidados da protetora de animais Josy Ramony que foi quem acionou a PM.

Uma vaquinha está sendo realizada para custear a medicação e no tratamento pós-cirúrgico. Assim que ele estiver bem ficará disponível para adoção responsável


CAVEIRÃO NEWS