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terça-feira, 9 de março de 2021

10 municípios do Ceará em colapso de oxigênio hospitalar


Um dos fatores que fez Manaus passar por uma situação caótica em relação aos índices da Covid-19 no início de 2021 foi a falta de oxigênio hospitalar para ofertar a pacientes das unidades de saúde da capital amazonense. No Ceará, a escassez do produto começa a preocupar os municípios. De acordo com levantamento da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), 10 cidades consideram estarem situadas em caso de colapso.

Em consulta realizada junto aos gestores, a Aprece apurou, ainda, que 141 municípios operam em situação crítica ou no limite no que diz respeito a disponibilização do produto. Embora admita que não haja um estudo técnico apontando a gravidade da crise, a Aprece afirma que os municípios já foram alertados sobre as dificuldades em fornecedores garantirem o abastecimento do oxigênio hospitalar.


Em janeiro, Manaus sofreu colapso no sistema de saúde com a falta de oxigênio — Foto: Profissão Repórter

Nesta segunda-feira (08/03), o Ministério Público do Ceará (MPCE) realizou uma reunião com os prefeitos e secretários de Saúde para tratar da situação do fornecimento de oxigênio medicinal nos municípios cearenses. O presidente da Aprece, Júnior Castro, revelou que constatou uma série de demandas de municípios que relatam dificuldades no abastecimento. Na ocasião ele apresentou o relatório de uma enquete realizada pela entidade com a participação de 173 das 184 cidades do Ceará.

Em relação às prefeituras, diante do aumento da demanda, a Aprece sinalizou a necessidade de os gestores apresentarem estudos e estimativas sobre a previsão de um crescimento exponencial da necessidade de oxigênio em relação ao atual momento. Na próxima quarta-feira (10/03), outro encontro deverá ser promovido. Na ocasião, além de representantes da Aprece e do MP, o momento deve contar com representantes das prefeituras e de empresas fornecedoras de oxigênio no Nordeste.