O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em transmissĂ£o ao vivo nesta quinta-feira, 18, que a Advocacia-Geral da UniĂ£o (AGU) apresentou uma aĂ§Ă£o direta de inconstitucionalidade (ADI) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra decretos estaduais de trĂªs governadores contendo medidas restritivas, como toque de recolher.
– Isso (toque de recolher) Ă© estado de defesa, estado de sĂtio que sĂ³ uma pessoa pode decretar: eu. Mas, quando eu assino um decreto de defesa ou sĂtio, vai para dentro do Parlamento – acrescentou.
O chefe do Planalto chamou governadores e prefeitos que decretam medidas restritivas de “projetos de ditadores” que teriam, pelos atos, poder de “usurpar” a ConstituiĂ§Ă£o.
Ele disse que o Executivo enviou, ainda, um projeto de lei (PL) com urgĂªncia urgentĂssima para o Congresso em que define o que sĂ£o atividades consideradas essenciais durante a pandemia de Covid-19.
– É toda aquela que serve para o cidadĂ£o botar pĂ£o na mesa. EntĂ£o, tudo passa a ser atividade essencial – apontou o presidente.
No inĂcio da live, Bolsonaro sustentou que a aĂ§Ă£o no Supremo e o projeto ao Congresso visam dar satisfaĂ§Ă£o a parcelas da populaĂ§Ă£o que tĂªm feito manifestações contra medidas restritivas adotadas em estados e municĂpios para reduzir o contĂ¡gio pelo novo coronavĂrus, que tem se multiplicado na atual fase de colapso da rede hospitalar em praticamente todo o paĂs.
– A gente sabe que, pelo que a gente vĂª acontecendo no Brasil, parece que a nossa liberdade e a nossa democracia nĂ£o estĂ£o tĂ£o sĂ³lidas assim, devemos nos preocupar com isso – disse o presidente da RepĂºblica.
Na visĂ£o de Bolsonaro, as matĂ©rias teriam o objetivo de “restabelecer a ordem” e tornar os poderes da RepĂºblica “cada vez mais harmĂ´nicos”.
– Temos que cada um reconhecer sua importĂ¢ncia e seus limites, senĂ£o o caldo pode entornar, ter briga em casa, ter tensões entre poderes, e ninguĂ©m quer isso aĂ – advertiu.
*EstadĂ£o