Dados alarmantes da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostram que cerca de 51% dos homens não costumam ir ao urologista com regularidade. Entre as doenças tipicamente masculinas estão: câncer de pênis, câncer de próstata, deficiência androgênica do adulto (ou andropausa), disfunção erétil, fimose, Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), incontinência urinária e HPV.
Apesar dessas condições atingirem um grande número de brasileiros – também possuem tratamentos cada vez mais acessíveis e modernos no país. Especialistas indicam o que a medicina tem feito para a melhorar a saúde masculina e alerta sobre quais as doenças e condições que mais afligem os homens.
Disfunção erétil
A disfunção erétil conhecida popularmente como impotência sexual, é uma condição comum que atinge, em média, de 10 a 15% dos homens. Entre os fatores estão hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas, idade avançada e sedentarismo.
O tratamento da disfunção erétil provocada por problemas físicos pode ser resolvido com medicamentos orais ou injetáveis. Em casos extremos, recomenda-se próteses penianas.
Incontinência Urinária
No homem, a incontinência urinária está relacionada à retirada da próstata pós-câncer, pois o procedimento pode afetar o esfíncter - músculo que controla o fluxo da urina. A incontinência é considerada o “câncer social”, por dificultar a vida social e sexual. Além do medo de deixar a urina escapar no parceiro ou de expor o uso de fraldas, o odor da urina torna algumas pessoas constrangidas em manter uma vida sexual ativa.
“Os casos leves e moderados podem ser tratados com fisioterapia, implantação de slings ou injeções endoscópicas. Nos casos graves, o tratamento recomendado é a colocação de uma prótese, chamada de esfíncter urinário artificial. Todos os procedimentos já estão disponíveis no Brasil”, explica Fernando Almeida, professor de Urologia da UNIFESP e urologista do Hospital Sírio Libanês.
Crescimento da próstata
A HBP é a doença mais comum da próstata e prejudica a qualidade de vida do homem, afetando a rotina e vida sexual. A partir dos 50 anos, a condição torna-se bastante comum. De acordo com especialistas, o crescimento da próstata não evolui para o câncer. Porém, é preciso ficar atento aos sintomas, entre eles, dificuldade para urinar e o transtorno do orgasmo.
Um dos tratamentos minimamente invasivos mais efetivos no Brasil é a cirurgia a laser. A tecnologia permite uma cirurgia (vaporização prostática) mais precisa para evitar sangramentos e oferece segurança para pacientes cardíacos e em uso de anticoagulantes.