Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, o ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) afirmou que, caso seja eleito presidente da República em outubro deste ano, indicará dois juízes de carreira, ou seja, magistrados que passaram por concursos públicos, para as vagas que serão abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) com as saídas de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que deixarão a Corte, respectivamente, em maio e outubro de 2023 –aposentadoria é compulsória quando um ministro completa 75 anos. Na composição atual, o Supremo tem apenas quatro juízes de carreira: Luiz Fux, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques. “Nós temos uma chance, uma oportunidade de mudar [a composição do STF] no próximo ano. São duas vagas. Eu já me comprometi em nomear magistrados que tenham histórico na Justiça para que a gente saiba como eles decidem os casos concretos”, explicou Moro ao apresentador Augusto Nunes. “[Quero] gente que nunca tenha passado o pano para quem cometeu crime de corrupção, juízes que sejam rigorosos, terrivelmente contra a corrupção”, acrescentou em referência à fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que escolheria um ministro “terrivelmente evangélico”. Com a escolha de juízes de carreira, Moro descarta uma possível entrada de ex-procuradores da Java Jato, como Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima, no STF.