A reconstrução facial e um projeto de estátua da futura beata Menina Benigna foram apresentados, nesta quarta-feira (24), no Crato, município na região Cariri do Ceará. As imagens foram divulgadas pela Diocese do município. No próximo mês de outubro, o Vaticano vai oficializar a Menina Benigna como primeira beata do estado e quarta mártir do Brasil.
A mártir
se tornou símbolo da castidade para a Igreja Católica após assassinada
brutalmente ao recusar ter relações sexuais com outro jovem. O caso aconteceu Santana
do Cariri, no interior do Ceará, mas a história da adolescente conquistou
devotos por todo o estado.
Conheça a
história da Menina Benigna
Segundo o relato de pessoas que conviveram com Benigna, ela era
uma menina simples, sem vaidades, muito estudiosa e com muita fé em Deus.
“Ela se relacionava bem com todos, era gentil, muito educada,
não usava de palavrões e se ocupava responsavelmente com os estudos. Nela se
destacava a simplicidade e a prudência. Sua fama de santidade e martírio é
justa”, conta Raimundo Alves Feitosa, de 98 anos, que conviveu com a mártir.
Ele foi uma das testemunhas que deram depoimento ao Vaticano no processo de
beatificação.
Desde então, fiéis da igreja católica passaram a associar a
resistência de Benigna com a manutenção da castidade, contra o pecado, o que
tem movido as romarias em veneração à menina.
Em 2019, o Papa Francisco reconheceu a história de Benigna para
que ela se tornasse a primeira beata cearense e a quarta mártir do Brasil. A
beatificação faz parte do processo para tornar Benigna uma santa para a Igreja
Católica, faltando a canonização.