A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) investiga 11 policiais militares por omissão no assassinato de um jovem de 19 anos, cometido por outro PM, dentro da Delegacia Regional de Camocim. O homicídio ocorreu após uma briga em uma festa, em fevereiro deste ano.
Uma portaria, publicada pela CGD no Diário Oficial do Estado (DOE) da última terça-feira (6), acrescentou o nome de três soldados da Polícia Militar do Ceará (PMCE) na Sindicância Administrativa que já continha outros 8 PMs – um tenente, dois subtenentes, um sargento, um cabo e três soldados.
O jovem de 19 anos e o soldado PM George Tarick de Vasconcelos Ferreira brigaram em uma festa em Camocim e foram levados à Delegacia Regional de Camocim, na madrugada de 6 de fevereiro último. Mesmo dentro de uma unidade da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), o policial militar sacou uma arma de fogo e disparou contra a vítima, que morreu no local.
Após os tiros, George Tarick entregou a arma aos outros policiais e se rendeu. A prisão em flagrante do policial foi convertida em prisão preventiva, em audiência de custódia realizada pela Justiça Estadual. A CGD já havia instaurado investigação administrativa contra o suspeito de homicídio e o afastado das funções policiais.
ONDE ESTAVAM OS PMS INVESTIGADOS
A portaria da Controladoria Geral de Disciplina individualizou a conduta e a posição de alguns dos policiais militares investigados por omissão no assassinato do jovem Matheus Cruz. Segundo testemunhas, após a briga na festa, um tenente e um soldado da Polícia Militar agrediram fisicamente um amigo de Matheus, que correu do local até a Praça do Coreto.
Porém, ao chegar na Praça, o jovem foi detido por três soldados PMs que estavam de folga, agredido e colocado dentro de uma viatura policial, junto do amigo, para serem levados à Delegacia.
Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, o policial militar George Tarick e o jovem Matheus Cruz estavam sentados num banco de um corredor externo da Delegacia, aguardando atendimento, quando o policial sacou a pistola funcional e cometeu o crime.
Fonte: Diário do Nordeste