Entre fevereiro e maio, choveu 643,3 milímetros no Ceará. Apesar do resultado ser classificado como em torno da média, este foi o melhor índice alcançado pelo Estado nos últimos três anos, conforme informações da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Desse modo, a quadra chuvosa de 2023 se encerra com resultados a frente do que foi registrado no período em 2022, quando foram contabilizados 621,3 milímetros. A média para tal período é de 600,7 milímetros.
Anteriormente, a fundação já havia destacado que existia 40% de chances que a chuva no Ceará permanecesse em torno da média. Conforme as previsões, havia apenas 20% de possibilidades de que as precipitações ficassem abaixo dela e outros 40% de superarem o previsto para a quadra chuvosa.
Neste ano, o Litoral de Fortaleza obteve os maiores registros de chuva, com 915,7 milímetros, superando o que é esperado normalmente para a região, que é 796,7 milímetros. Março foi o mês que mais choveu, com registros 47,6% acima dos 203,4 milímetros esperados para o mês.
As boas chuvas também impactaram positivamente as reservas hídricas do Ceará. Atualmente, os índices são os melhores dos últimos 10 anos. A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) informou que os açudes alcançaram 51% de suas capacidades totais.
O Castanhão, que é o maior reservatório do Estado, tem hoje 31,85% de seu armazenamento total. O Orós tem 67,43% e o Banabuiú, 41,84%. É importante destacar porém, que o quarto maior reservatório do território, o Araras, que pode conter até 859 milhões de metros cúbicos de água, alcançou 100% da sua capacidade em abril.
A última vez que isso tinha acontecido na barragem, localizada em Varjota, na região Norte, havia sido em abril de 2020. O açude também já sangrou em 2011, 2009 e 2004.