O governo do Japão recebeu a aprovação do órgão regulador nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) e deve começar a liberar a água radioativa proveniente da usina de Fukushima, que foi tratada, já no próximo mês de agosto.
De acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante os dois anos de revisão, foi possível concluir que os planos japoneses para a liberação da água são consistentes com os padrões de segurança global.
Após a aprovação, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, afirmou que o país buscará obter aceitação nacional e internacional para a ação. Ainda em janeiro, as autoridades já haviam informado que pretendiam começar a bombear a água para o oceano entre a primavera e o verão.
Os sindicatos locais de pescadores discordam do plano. Para eles, a medida pode prejudicar o trabalho de anos que tenta reparar os danos causados à credibilidade nacional após o tsunami que destruiu a usina em Fukushima, o que levou diversos países a proibirem a importação de produtos alimentícios do território por medo da radioatividade.
Conforme o Japão, a água foi tratada para que a maior parte dos elementos radioativos fosse removida, exceto o trítio, que é de difícil separação. A água tratada será ainda diluída com níveis de trítio abaixo dos aprovados internacionalmente antes de ser liberada.