Entre o dia 28 de junho e 3 de julho, seis trabalhadores do ramo da construção civil foram resgatados por estar em situações análogas à escravidão em bairros nobres da capital cearense. As vítimas foram identificadas em duas diferentes obras, nas quais foram constatadas, por exemplo, irregulares de contratação e falta de equipamentos de proteção.
Além disso, os trabalhadores moravam nas obras sem que houvesse condições adequadas para isso. Os responsáveis, por suas vezes, foram autuados por submeterem as pessoas a condições degradantes de alojamento, alimentação e higiene e pelas irregularidades de contrato.
As situações foram descobertas na busca ativa de auditores fiscais do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Ceará. As vítimas são do interior do estado e receberam o pagamento de verbas trabalhistas relativas ao período que estiveram submetidos a tais condições, isto é, desde janeiro deste ano.
As obras foram embargadas e não devem continuar até que todos os funcionários sejam regularizados. Em uma das obras, os trabalhadores vinham de Itapipoca. Já na segunda, eram advindos de municípios como Maranguape, Pacoti e Ipu. É válido destacar que, além dos seis trabalhadores que foram resgatados, outros dezoito estavam expostos a riscos graves e iminentes e não tinham anotação na Carteira de Trabalho.
