Na manhã desta quarta-feira, 4 de dezembro, a Polícia Ambiental realizou uma operação de prevenção ambiental e fiscalização do patrimônio paleontol ógico cearense nas zonas rurais de Nova Olinda e Santana do Cariri. Durante a ação, foram recolhidos 15 fósseis encontrados durante a extração de rochas em pedreiras de calcário laminado.
A operação foi conduzida pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), com o objetivo de coibir o tráfico de fósseis, prática ilegal que ameaça a preservação do patrimônio natural da região. Com a colaboração de trabalhadores locais, os agentes localizaram e recolheram fósseis de diferentes espécies: dez exemplares de peixes do gênero Dastilbe, quatro fósseis de insetos da ordem Ephemeroptera e um fóssil de planta da espécie Ruffoordia.
Os fósseis, que datam de milhões de anos, são testemunhos do rico passado geológico da Bacia do Araripe, uma das regiões mais importantes do mundo em termos de paleontologia. Todo o material recolhido foi entregue ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, localizado em Santana do Cariri, para estudos e futura exposição ao público.
De acordo com a Polícia Ambiental, a fiscalização preventiva busca não apenas combater crimes ambientais, mas também conscientizar a população local sobre a importância de preservar esse patrimônio. “A colaboração da comunidade é essencial para proteger a história natural da nossa região e garantir que esses tesouros continuem sendo fonte de conhecimento e turismo científico”, destacou um representante do BPMA.
O Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, referência no estudo dos fósseis da Chapada do Araripe, destacou a relevância da operação para ampliar seu acervo e aprofundar pesquisas científicas. “Cada fóssil é uma peça única de um quebra-cabeça que nos ajuda a entender a evolução da vida na Terra”, afirmou um dos paleontólogos do museu.
A região da Chapada do Araripe é reconhecida internacionalmente por sua abundância e diversidade de fósseis bem preservados, atraindo pesquisadores e turistas de todo o mundo. Entretanto, o tráfico e a extração ilegal de fósseis continuam sendo desafios para a preservação desse patrimônio, ressaltando a importância de ações como a realizada nesta quarta-feira.
