O município de Iguatu, distante 388 km de Fortaleza, viveu um dia agitado nesta segunda-feira, 13. Primeiro, servidores públicos municipais protestaram na Prefeitura, cobrando pagamento de 13º e os salários de dezembro, atrasados. O prefeito Roberto Filho (PSDB) afirmou, em entrevista coletiva, que Iguatu tem as contas bloqueadas e que a gestão lhe foi entregue com mais de R$ 400 milhões em dívidas.
Atraso salarial
Em greve desde 23 dezembro de 2024, servidores públicos de Iguatu realizaram uma manifestação para cobrar os salários atrasados desde a gestão comandada por Ednaldo Lavor (PSD).
A Prefeitura de Iguatu, via assessoria de comunicação, afirmou que a manifestação foi pacífica e não houve nenhum tipo de depredação.
"Estamos caminhando para o caos, já temos relatos de servidores que não têm o que por à mesa, tanto que o sindicado iniciou uma campanha de arrecadação de alimentos", afirmou Saionara Fernandes, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Iguatu (SPUMI) em entrevista à Rádio Jornal.
Segundo ela, quase 1500 servidores estão com 13º atrasado, enquanto cerca de 4 mil estão com os vencimentos de dezembro em atraso.
Pagamento de atrasados é prioridade
No início da tarde, o prefeito Roberto Filho realizou sua primeira entrevista coletiva no cargo, expondo a situação do município, que tem as contas bloqueadas desde o final do ano passado por dívidas com precatórios.
"Sei que nós estamos responsáveis pela cidade, nós que temos problemas a resolver, mesmo não sendo problemas causados por nós, mas por gestões anteriores", afirmou Roberto, que disse que há muitas coisas para serem resolvidas no município, mas que hoje a prioridade absoluta é a resolução da questão do atraso salarial dos servidores.