A Polícia Civil do Ceará cumpre 13 mandados de prisão e 17 busca e apreensão contra agentes de plataformas e influenciadores digitais que contratavam pessoas e divulgavam jogos de azar ilegais. Até o começo da manhã desta quarta-feira (2), nove pessoas foram presas e veículos de luxo foram apreendidos na operação interestadual batizada Quéfren. Os nomes dos alvos não foram divulgados. As informações são da TV Verdes Mares Cariri.
“As investigações já tem aproximadamente um ano. Então, os alvos dessa operação foram basicamente os agentes e influenciadores que administram plataformas digitais. Todas elas ilegais. E o volume movimentado por esse pessoal é muito grande, bastante significativo, e como não tem autorização do estado para funcionar, o Estado deixa de recolher aí uma quantia bastante significativa de tributos que poderiam estar recolhendo”, informou Júlio Agrelli, diretor-adjunto do Departamento do Interior Sul da Polícia.
Na operação, em Juazeiro do Norte, a Polícia apreendeu três veículos de luxo, além de dinheiro.
“Uma quantia em dinheiro bastante significativa já foi aprendida até o momento, bastante veículo de luxo, como vocês puderam observar, não só aqui em Juazeiro, como em outros estados da Federação, como no Pará, Mato Grosso e São Paulo. E em Fortaleza também”, relatou Júlio Agrelli.
Brasileiros são investigados na China, diz Polícia Civil
O delegado Giovani Moraes, responsável pelo Núcleo de inteligência da Seccional de Juazeiro do Norte, contou que as investigações começaram em abril de 2024 — período que não havia autorização de funcionamento de plataformas de jogos no Brasil.
“Nós avançamos não somente nos influenciadores, também chegamos a agentes de plataformas e possíveis gerentes. É um grupo criminoso que é formado por proprietários de plataformas, que são chineses geralmente, os gerentes que também são indivíduos que residem na China, alguns são brasileiros, os agentes que são os responsáveis por contratar os influenciadores e, o fim da meada, que é o influenciador digital”, explicou Moraes.
Segundo o delegado, com a autorização do Ministério da Fazenda, a Polícia Civil observou as práticas criminosas nas plataformas ilegais diariamente no último ano e deflagrou a operação na data de hoje.
Fonte: Diário do Nordeste