A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Planalto, enviou uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra TV Record, nessa terça-feira (6/9). Na ação, representantes da coligação argumentam que houve desfavorecimento do candidato por conta da data estabelecida para a realização da sabatina com o petista.
A campanha justifica que a emissora decidiu não adotar o sorteio como regra para escolher a ordem dos candidatos a serem sabatinados entre os dias 23 e 28 de setembro. E que teria “alocado o petista em um dia de menor audiência”.
O canal de televisão estabeleceu como critério a posição dos presidenciáveis nas pesquisas. Lula, que lidera os levantamentos, vai abrir as transmissões em uma sexta-feira. Bolsonaro, por sua vez, será sabatinado em uma segunda-feira.
“Se valendo de argumento próprio, o canal de televisão decidiu começar pelo primeiro colocado nas pesquisas, Lula, depois o segundo, e assim sucessivamente. Acontece que a primeira entrevista foi agendada para ir ao ar numa sexta-feira, dia de menor audiência, enquanto a segunda entrevista está planejada para uma segunda-feira, quando tradicionalmente há uma maior audiência do jornal. Além disso, pela lógica, o último entrevistado terá o privilégio de falar ao eleitorado mais próximo do dia da eleição”, informa a campanha.
Após demonstrar insatisfação com a data das transmissões, representantes do candidato afirmam terem tentado contato com a emissora pedindo a realização de sorteio, contudo, tiveram o pedido negado.
No documento enviado à Justiça Eleitoral, representantes do petista “solicitam que o TSE determine a realização de sorteio prévio e a imposição de multa me caso de descumprimento”.