Ontem, 08, o Ministério Público Federal divulgou um comunicado informando o fim das negociações para a repactuação de um acordo com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton.
Todas estão envolvidas no desastre que aconteceu na cidade de Mariana, em Minas Gerais, após o rompimento de uma barragem em 2015. Mesmo depois de 264 reuniões não foi possível chegar a um entendimento sobre os valores e o fluxo dos pagamentos das indenizações.
Dessa forma, o documento, assinado pelos governos de Minas Gerais e Espírito Santo, Ministério Público Federal, Ministérios Públicos de Minas Gerais e Espírito Santo, Defensoria Pública da União e Defensorias Públicas de Minas Gerais e Espírito Santo, lamenta a postura das mineradoras. “O poder público signatário desta nota vem lamentar a postura da Samarco Mineração, da Vale S.A. e da BHP Billiton Brasil pela apresentação de proposta de desembolso financeiro incompatível com a necessidade de reparação integral, célere e definitiva do rio Doce e das populações atingidas”, disse o Poder Público.
Minas Gerais já havia saído das negociações e anunciou que irá recorrer à Justiça para responsabilizar as empresas pelos danos causados. O Poder Público avalia que as mineradoras demonstram descompromisso com práticas de responsabilidade social e ambiental.
Minas Gerais e Espírito Santo haviam proposto que R$ 65 bilhões fossem pagos em 16 anos, porém, a proposta foi rejeitada. A Samarco, em nota, afirmou ter indenizado mais de 400 mil pessoas, somando mais de R$ 26 bilhões. A Vale e a BHP ainda não se manifestaram.