Nessa terça-feira, 6, os candidatos ao Governo do Ceará Capitão Wagner (União Brasil), Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT) participaram de mais um debate. Dessa vez, a ação foi realizada pela TV Otimista. Os postulantes trocaram farpas e os temas de saúde, segurança pública e padrinhos políticos voltaram a tomar espaço na discussão.
Roberto Cláudio destacou que enfrentará a violência “com os pés no chão” e “sem prometer convênio com estados americanos”, fazendo referência à proposta de Wagner, que planeja realizar parceria com o FBI para lidar com a criminalidade e a violência no Ceará. Roberto classificou a proposta como “ilusória”.
Wagner respondeu a Roberto Cláudio ironizando que “nem o Super-Homem, nem o Batman, muito menos o pinguim [referência ao apelido pejorativo associado a Roberto] irão resolver”. Ele acrescentou, ainda, que implantará seis centros de inteligência no combate às facções.
O candidato do PDT também utilizou sua fala para destacar a decisão do desembargador Raimundo Nonato Silva Santos, da última segunda-feira, 5, onde o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) suspendeu o repasse de verba do Governo do Estado aos municípios até o 2º turno das eleições, como resultado de um processo movido pelo PDT.
Elmano respondeu a Roberto que “é uma decisão liminar” e acusou o pedetista de atacar o ex-governador e candidato ao Senado, Camilo Santana (PT), e a governadora Izolda Cela (sem partido).
O petista ainda disse que Roberto “não respeita o direito de ela (Izolda) disputar a reeleição”.
Na área da saúde, por sua vez, o combate à pandemia foi o ponto principal. Na ocasião, Wagner acusou a gestão de Camilo Santana de desapropriar o Hospital Leonardo da Vinci, em Fortaleza, e pagar metade do valor de mercado aos antigos donos. A unidade de saúde era privada.
Elmano, no entanto, rebateu e destacou que Camilo desapropriou o hospital para “salvar a vida do seu povo”, argumentando que quem fez a avaliação do valor do prédio foram peritos e que foram pagos R$ 42 milhões aos proprietários.
“Você criticou o Camilo. Mas sua coragem não serviu para atacar o presidente (Bolsonaro) quando ele andava contra o isolamento social”, ressaltou Elmano. (Do Repórter Ceará)